quarta-feira, 15 de julho de 2009

"Carta de Hank para Karen" de Californication...

Querida Karen,

Se está lendo isso é porque eu realmente tive coragem de enviar.

Então, bom para mim!

Não me conhece muito bem, mas se deixar, verá que tenho tendência a falar que tenho dificuldade para escrever, mas isso... Isso é a coisa mais difícil que já tive que escrever. Não há maneira fácil de dizer, então vou falar logo.

Conheci uma pessoa.

Foi um acidente. Eu não estava à procura e não estava preparado.

Foi uma tempestade perfeita. Ela falou algo, eu também. Quando vi, queria passar o resto da minha vida nessa conversa. Agora estou com a intuição de que ela pode ser a mulher certa.

Ela é totalmente louca, de um jeito que me faz sorrir, altamente neurótica. Uma grande dose de manutenção necessária.

Ela é você, Karen. Essa é a boa notícia.

A má é que não sei como ficar com você nesse momento. E isso assusta pra caralho. Porque se não ficar com você agora, sinto que nos perderemos. O mundo é grande, mal, cheio de reviravoltas. As pessoas costumam piscar e perder um momento. O momento que poderia mudar tudo. Não sei o que está acontecendo entre nós, e não posso dizer por que você deveria gastar um pouco de fé em alguém como eu.

Mas como seu cheiro é bom, como o lar! E faz um ótimo café, isso tem que valer alguma coisa.

Me liga.

Infielmente seu,

Hank Moody.
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segunda-feira, 6 de julho de 2009

Sabe uma dessas mulheres completamente neuróticas, que pode te levar a loucura em alguns minutos, mas pode também te levar a enxergar um dos lados da vida mais ocultos, em meio a um caos ordenado. Uma dessas mulheres que são perigosamente apaixonantes, exatamente por ter essa aura de sabedoria e nervosismo que transformam qualquer relação num campo minado, aonde cada explosão é envolta de pura paixão desordenada e intensa. O tipo de mulher complicada, que é extremamente ativa, mas ao mesmo tempo introspectiva, de uma maneira tão profunda que te deixa louco para saber o que se passa na cabeça dela. Uma mulher que supera todos os limites do comum e necessita uma imensa quantidade de renovação. Uma mulher que explora diálogos em meio a mundos imaginários habitados por duendes e diretores franceses de cinema, levando em consideração a complexidade de uma canção que nunca foi composta, mas que deveria ser executada antes que o mundo a leve para longe, pois essa é a infeliz tendência das coisas: Se afastar.
Essa é a mulher que me mata todos os dias, mas me faz reviver de uma maneira tão intensa que eu penso de onde ela tira tanta magia, tanta doçura, tanto amor e tanta euforia.

De repente decidi apertar Start+Select e recomeçar.